domingo, 5 de junho de 2011

O INDIVIDUO E A ORGANIZAÇÃO

A visão de "Homem e Organização" nas escolas administrativas.


O indíviduo e a Organização

O objetivo deste texto é relatar os aspectos de relação, desenvolvimento e visão do individuo e da organização abordado pelas teorias administrativas (científica, clássica, humanista, burocrática, estruturalista, teoria geral do sistema, neoclássicos) e como essas teorias foram de grande importância para a compreensão administrativa das organizações.
Com o movimento clássico, o indivíduo era visto como máquina. Existia na organização para desenvolver suas funções. Os autores (científicos e clássicos) enfatizaram na tarefa e na estrutura, preocupavam-se com a especialização dos operários e com os princípios administrativos, estabelecendo funções identificadas como: prever, organizar, coordenar, comandar e controlar (POCCC). As idéias desse movimento levaram os críticos a observarem como o indivíduo e as organizações eram vistos pelos teóricos desse movimento “homem econômico” e a organização como “sistema fechado”. Havendo a necessidade de se humanizar e democratizar a administração, as ciências humanas observaram a inadequação das teorias anteriores. As organizações passaram a entender que o ser humano é dotado de sentimentos, valores e princípios, que a comunicação dos trabalhadores na tomada de decisões teriam efeitos no meio, desenvolvendo líderes informais dentro dos grupos.
Passou então a ter a visão de “homem social” e a organização como sistema social. Portanto, já que o indivíduo possuía o fator de incentivo econômico, teria que ter também o fator afetivo motivador no meio organizacional. Outros teóricos observaram a fragilidade dessas escolas, postulando outra visão de homem e da organização essas características como: caráter legal, formal e racional, impessoalidade, hierarquia e rotinas com procedimentos padronizados, competência técnica, meritocracia, entre outros, na busca por excelência. Este modelo foi desenvolvido por Max weber como modelo burocrático, dando ênfase ao “homem organizacional”. Com o conformismo e a resistência a mudanças, se preocupavam com a máxima eficiência. Outros autores estruturalistas identificaram como disfunções os conflitos existentes nessa organização formal, normativa e prescritiva. A partir daí, baseada na sociologia organizacional, adotando um novo conceito de estrutura e com a preocupação em consolidar e expandir os horizontes administrativos, o estruturalismo identificou que a organização formal e informal depende uma da outra para atingir seus objetivos.
Quanto ao homem, também para atingir os objetivos, desempenha diferentes funções desenvolvendo comportamentos para inserir-se no novo sistema organizacional. Resumindo, as tipologias de Etizioni, Blau e Scott são simples e unidimensionais, reduz as organizações a uma única dimensão para poder compara-lás entre si e nos tipos de controles. Os problemas existentes identificados que chamaram de dilema entre: coordenação e comunicação livre, entre burocrática e especialização profissional, necessidade de planejamento centralizado e necessidade de iniciativa individual responsáveis pelo desenvolvimento da organização resolvendo problemas antigos e novos e soluções para problemas futuros. O estruturalismo trouxe uma considerável contribuição para Teoria Administrativa.
Ao enxergar a organização como sistema e também passando a avaliar e identificar variáveis de maiores números possíveis, externas e internas, que de alguma forma influenciam nos processos existentes das organizações,  surge a teoria geral do sistema. Com o novo conceito de sistemas e renovando a administração, observaram que o individuo não pode ser observado como ser individual, mas sim no meio organizacional. Com base nesse pensamento científico que se desenvolveram todas as tecnologias atuais ancorada nesta teoria.
Com o crescimento exagerado das organizações, surgiu uma nova teoria que utiliza dos conceitos da teoria clássica com o racional da escola de relações humanas. É identificada por características marcantes como: ênfase na prática administrativa, reafirmação relativa nos princípios clássicos de administrar, nos resultados e objetivos, e no ecletismo aberto e receptivo, considerando a administração uma técnica social básica, focalizando nas vantagens e desvantagens que a centralização e descentralização proporcionam. Funções do processo administrativo caracterizado como planejar, organizar, direcionar, controlar (PODC.). O homem era visto como organizacional e administrativo com comportamentos racional e social em busca da integração entre objetivos individuais e organizacionais denomina-se teoria neoclássicas.
Com base nesses pontos expostos acima concluímos que há uma relação entre as teorias mencionadas que buscavam melhorar a compreensão do individuo e da organização na busca de maior eficiência e como achariam as respostas para os conflitos existentes no sistema organizacional e sua estrutura. Visto que não só de incentivos monetários os operários necessitavam, mas sim de melhorias no ambiente, na relação grupal, na diminuição da carga horária, direitos estabelecidos e registrados. No decorrer de cada escola teórica observaram a fragilidade que cada uma deixava para ir à busca de melhorias. Não deixando de relatar que o modelo burocrático é ainda uma das melhores alternativas de organização, mas dedicando-se a abordagem descritiva e explicativa. O avanço tecnológico na teoria geral dos sistemas, com o conceito de sistemas, como a globalização, o processo administrativo dos neoclássicos são de grande importância no processo de crescimento e produtivo das organizações sendo elas privadas e governamentais.

BIBLIOGRAFIAS:

MOTTA, FERNANDO C. PRESTES; Vasconcelos, Isabela F. Gouveia, Teoria da Administração São Paulo Cengange Learning 3º Ed. Revista 2006. Cap. 5 P.123-161.
CHIAVENATO, IDALBERTO, Introdução a Teoria da Administração, Rio de Janeiro Elsevier, 2003 7º Ed. Cap.03/ 04/07/ 11/12/17 P. 53-473.

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